Fátima Felgueiras: "Lentamente está a ser feita justiça"

Fátima Felgueiras disse hoje à Lusa sentir-se "cada vez mais aliviada" com os últimos desenvolvimentos dos processos judiciais que a envolvem, considerando que "lentamente está a ser feita justiça".
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"Já ficou claro no acórdão do tribunal de primeira instância que, de um monstro de mais de vinte crimes, só havia matéria para três condenações em pena suspensa. O Tribunal da Relação vem dar-me razão", afirmou à agência Lusa.

A autarca comentava o facto de o Tribunal da Relação de Guimarães (TRG), que apreciava um recuso da antiga autarca de Felgueiras, ter considerado prescritos dois dos crimes a que tinha sido condenada em primeira instância no âmbito do processo "saco azul". Segundo o acórdão, prescreveram um crime de peculato e um de abuso de poderes.

Em primeira instância, Fátima Felgueiras tinha sido condenada a três anos e três meses de prisão suspensa por igual período e perda de mandato. Em declarações hoje à Lusa, Fátima Felgueiras insiste que estes processos judiciais foram desencadeados "por interesses mesquinhos de uns quantos que não mediram meios para atingir o poder".

A propósito da prescrição confirmada pelo TRG, Fátima Felgueiras disse ter pena que não tivesse ficado provado, em sede de recurso, "que não devia haver sequer condenação sobre esses factos". "Aos poucos vão-me dando razão. Parece faltar coragem para se assumir de uma vez por todas, a minha total absolvição, tanta foi a polémica e pressão que foi sendo exercida ao longo deste processo", considerou Fátima Felgueiras.

A edil recorda que da primeira condenação sobra apenas um facto avaliado em 117 euros (uma viagem efectuada à Irlanda), uma decisão que foi anulada pelo Tribunal da Relação, ordenando a reabertura de audiência e redacção de novo acórdão. Os desembargadores de Guimarães concluíram que houve, durante o primeiro julgamento, "alteração substancial dos factos" quanto à factualidade do dolo. "Aguardarei serenamente a sequência de mais este episódio, segura de que não cometi nunca qualquer ilícito, e que só fui apanhada neste imbróglio vergonhoso por ser presidente de câmara", afirmou.

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